As análises laboratoriais como ferramenta no tratamento de mamites, assumem uma importância significativa na eficácia dos tratamentos e tornam-se determinantes na redução de mamites crónicas e na utilização excessiva de antibióticos na exploração. Por outro lado, a prescrição de tratamentos mais ajustados e direcionados aos agentes identificados permitem evitar as resistências aos antimicrobianos e gastos desnecessários.
Ao longo do ano de 2020, o laboratório da Proleite processou um total de 965 amostras, das quais 469 de tratamento em lactação e 496 para tratamento de secagem. Como principais agentes identificados nas análises enviadas encontramos E. coli com 19,6%, Strep. uberis com 12,2%, Staph. CN com 9%, Staph. aureus com 7,9% e Enterococcus com 5,8% de incidência, como demonstra o gráfico seguinte.
É importante referir que em 16,2% das amostras não existiu crescimento de agentes patogénicos não necessitam, por isso, de uma abordagem à base de antibiótico.
Durante este ano, todos os produtores que tenham enviado um número mínimo de amostras para tratamento em lactação irão receber um relatório individual. Este apresentará os agentes mais identificados na exploração, principais resistências e um protocolo de primeira abordagem com base nos resultados obtidos no ano anterior.
De relembrar, ainda, que aquando do envio das amostras de leite para laboratório deve preencher a etiqueta fornecida com todos os dados pretendidos.
